ETAPA ANTERIOR
Limpeza do terreno, instalação e locação da obra.



INFRA E SUPRA-ESTRUTURAS


INFRA-ESTRUTURA

Parte inferior da estrutura de um edifício que suporta e transmite cargas ao terreno. A infra-estrutura ou fundação pode ser:
DIRETA: se o solo firme estiver a pequena profundidade. Ex.: Sapatas contínuas, sapatas isoladas e blocos.
INDIRETA: se o solo firme estiver a grande profundidade (> 6m). Ex.: Estacas pré-moldadas, tubulões.

A) SAPATA ISOLADA:

Passos para a execução (acompanhe com a figura ao lado):

1) Abertura da cavas (manual ou mecanizada: retroescavadeira) e esgotamento da água se for o caso;

2) Apiloamento do fundo;

3) Lançamento do concreto magro no fundo (nivelando e evitando-se perda de umidade do concreto estrutural após lançado);

4) Confecção das formas;

5) Colocação da armadura do fundo;

6) Localização do eixo do pilar (ver como se procede visitando a página indicada ->
Ver parte referente a locação da obra.e posicionamento da armadura do pilar;

7 e 8) Concretagem e;

9) Retirada das formas após o endurecimento do concreto.

B) SAPATA CONTÍNUA:
Ou sapata corrida é um tipo de fundação de fácil execução e de baixo custo, usada em construções baixas. Executada geralmente com concreto ciclópico (concreto + pedra-de-mão) lançado em valas rasas escavadas manualmente no terreno de acordo com o projeto arquitetônico, seguindo a direção das paredes da edificação. O dimensionamento da sapata contínua (largura x altura) é feito conhecendo-se as cargas atuantes nas diferentes seções (transversais e longitudinais) da construção e da natureza do terreno.




SUPRA-ESTRUTURA

Parte superior da estrutura de um edifício que suporta as cargas dos diversos pavimentos e as transmite à infra-estrutura.
Normas a seguir:
- NBR 6118/80 da ABNT: Projeto e execução de obras de concreto armado - procedimentos.
- NBR 12654/92 da ABNT: Concreto - controle tecnológico de materiais componentes - procedimentos.
- NBR 12655/92 da ABNT: Concreto - preparo, controle e recebimento - procedimentos.

Serviços a executar em estruturas de concreto armado:
- Formas - confecção e montagem;
- Redes embutidas - instalação e marcação criteriosa antes da concretagem;
- Armaduras - corte, dobra, montagem e colocação;
- Concreto - preparo, aplicação, cura e controle tecnológico;
- Retirada e limpeza das formas;
- Conserto de falhas e chapisco da estrutura.

A) FORMAS:
Geralmente são confeccionadas as formas dos pilares, das vigas e dos painéis de laje e a concretagem pode ser total, abrangendo todas as vigas, lajes e pilares simultaneamente.
ATENÇÃO:
1) Depois de executadas as formas dos pilares, quando passamos para as vigas e lajes, poderemos deixar cair pedaços de madeira, pregos, tocos de cigarros e até pequenos animais nas formas dos pilares, o que prejudicará a concretagem. Para resolver esse problema, executamos pequenas janelas nas bases dos pilares para, antes da concretagem, termos acesso ao seu interior e conseguirmos retirar possíveis sujeiras inconvenientes;
2) Deixar previsão dos furos das instalações muito criteriosamente marcados;
3) As armaduras podem ser montadas por firmas especializadas.
4) Na obra, os armadores geralmente recebem por kg de aço dobrado.
Consumo de 12m²/m³ de concreto.
Requisitos gerais para formas de madeira:
- Dimensões de acordo com o projeto e resistência suficiente para a não deformação sob ação de cargas;
No escoramento com peças de eucalípto, usar escoras formando malha de 1,00 a 1,50m.
- Estanqueidade;
- Execução que permita a fácil retirada (desforma) com o máximo reaproveitamento;
- Cuidados especiais:
* Limpeza interna antes da concretagem ("janela" na base de pilares);
* Pilares altos: janelas intermediárias para o lançamento do concreto (acima de 3m) evitando-se a segregação do mesmo;
* Molhagem antes da concretagem (evitar que a madeira sugue água do concreto necessária a sua reação e resistência final);
* Escoramento: atenção para os apoios no terreno, emendas bem executadas e no caso de escoras > 3m utilizar travamento horizontal;
* Produtos anti-aderentes para facilitar a desforma (desformantes).
- Chapas de madeira compensada: dimensões mais comuns: 6, 10, 12, 14, 17 e 20mm de espessura (L=1,10m e C=2,20m) - tem a vantagem de ter bom reaproveitamento, fácil desforma, menor n.º de juntas e menor cosumo de prgos. Para formas de lajes, usa-se chapa de #12mm e pregos de 15x15;
- Escoramento metálico: racionalização sem desperdício e fácil manuseio.
- Formas pré-fabricadas: racionalização, maior reaproveitamento e rapidez na execução.


B) REDES EMBUTIDAS:
Com base nos projetos de inst. elétricas, telefônicas, de interfone, de antenas de TV/FM, posicionar e prever a passagem de tubulação, pontos de luz e caixas de passagem por vigas, lajes, escadas, etc, antes da concretagem. Pode-se perfeitamente fazer-se a PLANTA DE MARCAÇÃO DOS FUROS NAS LAJES.

C) ARMADURAS:

Tabela de referência -> Tabelas de aço - Todo Engenheiro gostaria de ter uma por perto.

Consumo de 80kg/m³ de concreto, em média.
O comprimento normal das barras é da ordem de 11 a 12m. Às vezes as barras vem no caminhão e para caberem na carroçaria são dobradas, por isso precisam ser retificadas e alinhadas.
Geralmente os armadores recebem por kg de aço dobrado na obra.
SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS:
- Retificação ou alinhamento;
- Corte: feito de acordo com as plantas do projeto estrutural com auxílio de serra manual, tesoura ou máquina de corte;
- Dobra: feita com auxílio de pinos fixados em bancada de madeira ou maquinário próprio;
- Emendas: por trespasse, por solda ou por luvas;
- Montagem: colocar a armadura na forma de madeira de modo a permanecer na posição inicial durante a concretagem e permitir o cobrimento mínimo prescrito e necessário.


D) CONCRETAGEM:
SEQUÊNCIA DOS TRABALHOS:
- Fechamento das brocas (janelas) da base das formas dos pilares após limpeza total;
- Vedação das juntas das formas;
- Umedecimento das formas com jato de mangueira;
- Preparação dos caminhos sobre a laje para o transporte do concreto por carrinho (cuidado para o deslocamento das armaduras e proteção das tubulações e acessórios embutidos);
- Colocação das "mestras" ou "galgas" de controle da espessura das lajes;
- Lançamento do concreto com adensamento e "desempeno". Esse lançamento pode ser:
Pilares+vigas+lajes, tudo de uma só vez ou pilares+(vigas+lajes) ou pilares+vigas+lajes, sequencialmente;
- ATENÇÃO PARA:
* Aberturas nas lajes (alçapões, passagens de tubos e acessórios previstos);
* Peças para elevadores;
* Cobrimento da barras de aço;
* Gabaritos para os pilares que seguem;
* Recolhimento dos corpos-de-prova para verificação de resistência e documentação;
* Redução de pilares e "esperas".
- Acompanhamento dos serviços por engenheiro, encarregado, bombeiro, eletricista, armador e carpinteiro.
- Cura: molhar o concreto endurecido por 7 dias, no mínimo (ABNT) para hidratação do cimento evitando-se também a perda de água por evaporação, necessária para as reações no concreto.

Para quantificação dos materiais, verificar na página sugerida ao lado -> As tabelas imprescindíveis da construção civil.


E) RETIRADA E LIMPEZA DAS FORMAS:
- Respeitar prazos da ABNT:
* Faces laterais, 3 dias;
* Faces inferiores, com reescoramento, 14 dias;
* Faces inferiores, sem reescoramento, 21 dias.
- Limpeza de pregos e concreto.

F) REPARO DAS FALHAS:
- Analisar a gravidade do caso no concreto endurecido e;
- Proceder a limpeza do local, retirando partes soltas e completando em seguida a peça com novo concreto.


PRÓXIMA ETAPA
Alvenaria, Isolamento Térmico e Impermeabilização
 
 
 
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